Turista divulga momentos iniciais do incêndio nos Prazeres (imagens e vídeo)
Paulo Matos, de 44 anos, reside em Peniche, mas está na Madeira a passar férias. Ao JM, assegura ter assistido, à distância, ao incêndio nos Prazeres quando se encontrava sua fase inicial e, apesar de não ter visto as chamas a deflagrarem,...
Paulo Matos, de 44 anos, reside em Peniche, mas está na Madeira a passar férias. Ao JM, assegura ter assistido, à distância, ao incêndio nos Prazeres quando se encontrava sua fase inicial e, apesar de não ter visto as chamas a deflagrarem, reforça as suspeitas já apontadas pelo presidente da Câmara Municipal da Calheta, Carlos Teles, de que a ocorrência terá origem criminosa. Hospedado na Fajã da Ovelha, em zona alta distanciada em largos metros da ocorrência, Paulo Matos conta que o fogo já havia deflagrado à 1h40, conforme demonstra através das fotos e vídeos que captou. “Já tinha começado há um bom bocado, pelo menos há meia hora”, calcula. Na mesma área, o turista avistou luzes de lanternas e, apesar da distância, conseguiu distinguir vozes e aquilo que se assemelhavam a sons provenientes de motosserras. “Desconfiamos que alguém já estaria a tentar controlar a situação, cortando alguma vegetação”, acrescentou. Às 1h46, o turista deu o alerta ao Serviço Regional de Proteção Civil, através do 112, que respondeu já ter conhecimento do caso. “Poucos minutos depois da chamada, vimos uma luz de bombeiros”, afirma. A densidade do fumo, dificultou a visibilidade. “À noite já não se notava nada”, descreve Paulo Matos. Sobre as suspeitas de fogo posto, Paulo refere: “Ontem foi um dia não tão quente. Esta zona é mais húmida e o incêndio começou à noite, por volta da 1 hora. Não faz sentido nenhum. Não começou lá em cima, começou a uns bons metros abaixo do topo da montanha, em zona sem casas. É de todo estranho a hora e o local”, observa. Atualmente, Paulo Matos já só vê fumo. “Deste lado já está controlado, mas há bocado passou o helicóptero, a encosta, pelos vistos, continua em rescaldo, ou a arder”, informa. “Estou cá há uma semana, [além desta ocorrência] não assisti a mais nada. Nem temos visto muitas coisas queimadas na Madeira”, conclui.